sefa ozel/Getty Images É fácil perceber os sinais externos do envelhecimento, como o surgimento de rugas, manchas escuras e cabelos grisalhos. No entanto, sefa ozel/Getty Images É fácil perceber os sinais externos do envelhecimento, como o surgimento de rugas, manchas escuras e cabelos grisalhos. No entanto,

Diverticulose: por que pequenas bolsas no intestino são tão comuns com o avanço da idade?

2025/12/21 00:02
 — Foto: sefa ozel/Getty Images — Foto: sefa ozel/Getty Images

É fácil perceber os sinais externos do envelhecimento, como o surgimento de rugas, manchas escuras e cabelos grisalhos. No entanto, à medida que envelhecemos, nosso interior também muda de forma inevitável — muitas vezes sem que percebamos.

Segundo o ScienceAlert, por volta dos 80 anos, a maioria das pessoas apresenta o revestimento liso do trato digestivo coberto por pequenas bolsas de tecido salientes. Essas protuberâncias ao longo do intestino, chamadas divertículos, são “pontos fracos” da parede muscular intestinal. Em geral, são inofensivas, e a maioria das pessoas sequer sabe que elas existem.

Ainda assim, após uma colonoscopia, muitos pacientes ficam apreensivos ao descobrir que desenvolveram diverticulose.

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De acordo com especialistas, a condição só se torna preocupante quando essas bolsas ficam inflamadas ou infectadas, quadro conhecido como doença diverticular ou diverticulite. Os sintomas, geralmente intermitentes, podem incluir prisão de ventre, diarreia, dor abdominal, inchaço e febre.

“O fato de os nomes serem semelhantes certamente não ajuda e pode causar confusão”, explica a gastroenterologista Janyll Castineira, da Universidade de Miami.

“Tento ajudar meus pacientes a lembrar que diverticulose são pockets (bolsas) e diverticulite é inflamação”, complementa.

Tratamento e prevenção

A boa notícia é que, mesmo quando a diverticulite se desenvolve, os sintomas geralmente melhoram após alguns dias de repouso e uma dieta líquida. Para mais de 85% dos pacientes, isso é suficiente.

Ainda não se sabe exatamente o que causa a formação dos divertículos, mas os tratamentos atuais costumam se concentrar em facilitar o funcionamento do trato digestivo, evitando obstruções. Por isso, uma dieta rica em fibras, entre 25 e 30 gramas por dia, é frequentemente recomendada durante a recuperação.

Embora não elimine os divertículos já existentes, esse hábito pode ajudar a prevenir o surgimento de novas bolsas. O tempo que as fezes permanecem no organismo pode ter implicações mais profundas para a saúde geral do que se imagina.

Uma revisão publicada em 2023, que reuniu dados de dezenas de estudos, mostrou diferenças claras entre os microbiomas intestinais de pessoas com trânsito intestinal mais “rápido” e mais “lento”.

Como o microbioma intestinal humano está intimamente ligado à saúde, essas diferenças podem ter implicações ainda pouco compreendidas.

Segundo o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, pessoas entre 50 e 70 anos que consomem uma dieta rica em fibras apresentam um risco 40% menor de hospitalização por doença diverticular em comparação com aquelas com menor ingestão desse nutriente.

Ainda não está claro como as fibras e outros fatores que influenciam a microbiota intestinal — como antibióticos ou probióticos — afetam a formação inicial dos divertículos. De acordo com uma revisão de 2024, essas relações permanecem controversas e exigem mais pesquisas.

A diverticulose é muito comum em países ocidentais, como Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, onde as dietas tendem a ser pobres em fibras. Já na África e na Ásia, onde a ingestão de fibras costuma ser maior, a condição é relativamente rara.

Outros fatores de risco potenciais incluem obesidade, sedentarismo e tabagismo, sugerindo uma combinação complexa de elementos envolvidos.

Embora os divertículos possam se formar tanto no intestino grosso quanto no delgado, cerca de 95% dos pacientes nos países ocidentais apresentam essas bolsas no cólon sigmoide. Essa região do intestino trabalha sob alta pressão para empurrar as fezes em direção ao reto.

Uma vez formados, possivelmente devido à pressão excessiva, os divertículos podem sangrar quando irritados, de maneira semelhante às hemorroidas, que se desenvolvem dentro e ao redor do ânus.

Estima-se que o sangramento diverticular seja responsável por 30% a 65% dos casos de sangramento gastrointestinal baixo. Em geral, é indolor e autolimitado, mas a presença de sangue nas fezes é sempre um sinal de alerta, pois pode indicar outras condições graves.

Especialistas recomendam que qualquer pessoa que note sangue nas fezes procure atendimento médico imediato, mesmo que suspeite de divertículos. A diverticulose costuma ser diagnosticada por meio de tomografia computadorizada ou colonoscopia.

A cirurgia é indicada apenas em casos graves, como quando ocorre a formação ou ruptura de um abscesso.

Ainda assim, os resultados cirúrgicos costumam ser excelentes: cerca de 90% dos pacientes não apresentam novos sintomas após a remoção da parte mais afetada do intestino.“O tratamento depende da gravidade do episódio”, afirma a gastroenterologista Francesca Raffa, da Universidade de Miami.

“A maioria dos casos é leve e pode ser tratada em regime ambulatorial. O médico geralmente recomenda uma dieta líquida no início, analgésicos de venda livre e avalia se o uso de antibióticos é necessário.”

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