A 9ª rodada da pesquisa Firmus, do BC (Banco Central), mostra que as instituições não financeiras projetam IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,5% em 2025. As empresas estimam, portanto, que a inflação atingirá o teto da meta, de 4,5% ao ano. O objetivo inflacionário é de 3%, mas há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O levantamento divulgado nesta 2ª feira (22.dez.2025) se refere ao 4º trimestre de 2025. Foram consultadas 240 empresas –16 a mais que na edição anterior– de 10 a 28 de novembro de 2025. Leia a íntegra (PDF – 439 kB) da pesquisa.
Houve uma redução nas estimativas em relação ao relatório anterior, com dados de agosto. Antes, as empresas projetavam que o IPCA terminaria 2025 em 5%.
Para 2026, as instituições não financeiras mudaram a expectativa de inflação: a taxa saiu de 4,5% para 4,2%.
A projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) saiu de 2,05% para 2,1%. A expectativa para o dólar nos próximos 6 meses recuou de R$ 5,60 para R$ 5,50.
Leia também:
O levantamento é mais uma forma de a autoridade monetária acompanhar as perspectivas das companhias em relação aos principais indicadores macroeconômicos do país.
A principal fonte de informação dos dados da Firmus é o Boletim Focus, que é um questionário divulgado semanalmente pelo Banco Central respondido pelos agentes do mercado financeiro, consultorias e economistas. As projeções são utilizadas como referência para as decisões de política monetária.
O Boletim Focus tem papel central ao sinalizar ao Copom (Comitê de Política Monetária) como o mercado estima a trajetória da inflação, da taxa Selic, do dólar e de outros indicadores. Essas expectativas influenciam as decisões do Banco Central sobre o ritmo e a intensidade dos ajustes na taxa Selic.


