Mercado vê inflação de 4,05% e crescimento de 1,8% no PIB de 2026

Os agentes do mercado financeiro mantiveram em 1,80% a estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2026. Para a inflação, a mediana das projeções passou de 4,06% para 4,05% no próximo ano.

O BC (Banco Central) divulgou o Boletim Focus nesta 2ª feira (29.dez.2025) com as estimativas dos economistas. Leia a íntegra do relatório (PDF – 901 kB). O documento é divulgado às segundas-feiras e resume desde 2000 as projeções estatísticas de economistas e operadores do mercado consultados pela autoridade monetária. É possível conhecer as instituições que mais acertam aqui.

A meta de inflação de 2026 continuará em 3%. O CMN (Conselho Monetário Nacional) estabelece uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, o que permite o cumprimento da meta quando a taxa anualizada do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fica dentro do intervalo de 1,5% a 4,5%.

O Copom (Comitê de Política Monetária) manteve em 15% ao ano a taxa básica, a Selic, para controlar a inflação. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse, em 18 de dezembro, que não há “portas fechadas” para decisão monetária, em referência a um possível corte do juro base nas próximas reuniões.

O BC disse na ata do Copom que o mercado de trabalho tem demonstrado sinais “incipientes” de desaquecimento e que ainda há “vetores inflacionários” que se mantêm adversos e impactam, em particular, a inflação de serviços.

Os agentes financeiros mantiveram em 12,25% ao ano a mediana da estimativa para a taxa Selic de 2026. Em 2025, o juro base terminou em 15% ao ano.

A projeção dos economistas para o dólar comercial de 2026 permaneceu em R$ 5,50.

PROJEÇÕES PARA 2025

Os agentes financeiros reduziram de 4,33% para 4,32% a estimativa para a inflação. Mantiveram em 2,26% a expectativa para o crescimento do PIB. Aumentaram de R$ 5,43 para R$ 5,44 a projeção para o dólar comercial.