A Helius diz que reengenheirou a forma como os dados históricos da Solana são armazenados e recuperados, introduzindo um novo backend de arquivo e um método RPC que transforma os fluxos de trabalho de múltiplas chamadas de hoje em uma única solicitação.
O CEO Mert Mumtaz enquadrou a mudança em termos abrangentes: "hoje, a Solana muda para sempre... resolvemos o maior problema de dados/RPC que existe", escreveu ele, argumentando que o status quo—consultas históricas atingindo o Google Bigtable—tem sido "lento", "caro" e "inflexível".
Mumtaz destacou o ponto de dor prático que todo indexador Solana ou desenvolvedor de carteira conhece: obter a "primeira transação para um endereço Solana sem fazer loops infinitos" e extrair as "100 transações mais recentes para um endereço" requer encadeamento de chamadas e travessias que podem se expandir para "milhares de chamadas RPC". "Não mais", disse Mumtaz.
No centro do lançamento está um método RPC exclusivo da Helius, getTransactionsForAddress, apoiado por uma camada de armazenamento de arquivo distribuído que a empresa afirma ser "1.000x mais rápida, mais flexível e mais escalável". Funcionalmente, o método combina o padrão comum de duas etapas de hoje—getSignaturesForAddress para enumerar assinaturas, depois getTransaction para hidratar detalhes—em uma única chamada que pode retornar transações totalmente decodificadas, com ordenação bidirecional de tempo e filtros de intervalo por slot ou timestamp.
A documentação da Helius explica que ela permite pesquisa reversa sem travessia para trás e suporta paginação ajustada para contas grandes e ativas. A empresa também enfatiza que esta não é uma adição central ao RPC da Solana; é uma extensão proprietária disponível nos nós da Helius, com preço de 100 créditos por solicitação nos planos Developer e superiores. As alegações de desempenho abrangem tanto o novo método quanto os endpoints legados, com a Helius dizendo que getBlock, getTransaction e getSignaturesForAddress agora são "10x mais rápidos", enquanto o sistema de arquivo sob o capô oferece as melhorias de throughput principais para consultas históricas.
O enquadramento visa claramente eliminar picos de latência vinculados ao Bigtable e reduzir contagens de chamadas em "100x" junto com "10x menos latência" e "1000x menos código". Essas afirmações acompanham reclamações comuns de desenvolvedores documentadas em fóruns da Solana sobre hidratação histórica lenta em endereços ocupados, mas os números concretos aqui são os próprios benchmarks da Helius.
O contexto estratégico importa. A atividade on-chain da Solana continua a se inclinar para casos de uso de consumidor e pagamentos de alto throughput, que punem padrões de acesso a dados ineficientes.
O lançamento ocorreu no mesmo dia em que o primeiro ETF spot da Solana nos EUA entrou ao vivo na NYSE—BSOL da Bitwise. De acordo com o analista sênior de ETF da Bloomberg, Eric Balchunas, o BSOL registrou um volume de $56 milhões no primeiro dia. "Os $56m do BSOL são o MAIOR de qualquer lançamento deste ano... Mais do que XRPR, SSK, Ives e $MNU. E o que é incrível é que foi semeado com $220m. Poderia ter investido a semente no Dia Um, o que teria resultado em cerca de $280m, seria ainda mais do que a estreia da ETHA. Um início forte de qualquer maneira", escreveu Balchunas.
Outra peça de contexto macro: a Western Union anunciou planos para introduzir uma stablecoin lastreada em dólar, USDPT, na Solana, emitida pelo Anchorage Digital Bank, com disponibilidade prevista para o primeiro semestre de 2026.
No momento da publicação, o SOL era negociado a $195.



