A deputada afirmou que sua indicação incomoda mais que o avanço do feminicídio no país e citou leis e iniciativas que liderou na CâmaraA deputada afirmou que sua indicação incomoda mais que o avanço do feminicídio no país e citou leis e iniciativas que liderou na Câmara

Erika Hilton reage a críticas sobre ter recebido prêmio de mulher do ano

2025/12/09 06:21

A revista Marie Claire escolheu a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) como uma das mulheres do ano de 2025. Depois do anúncio, Erika recebeu elogios, mas também foi alvo de críticas nas redes sociais.

A publicação recebeu comentários transfóbicos e questionamentos sobre a atuação da deputada na Câmara. Um internauta escreveu que ela “aparece mais em capa revista de moda e desfilando seus looks e laces do que em projetos. Muito palanque e discurso agressivo do que trabalho real”.

Em resposta, Erika afirmou em suas redes sociais nesta 2ª feira (8.dez.2025) que a homenagem incomodou determinados grupos mais do que a série de violência contra mulheres registrada no Brasil. “Isso diz mais sobre a prioridade dessa gentinha do que sobre mim”, declarou. Para ela, parte da direita e de setores que se dizem feministas usa sua presença na lista para desviar a atenção de problemas estruturais. “É como se estivessem dizendo: ‘Vocês ficam homenageando trans’, como se isso justificasse ignorar a onda de feminicídios”, disse.

A deputada também criticou o que chamou de “feminismo radical” que exclui mulheres trans. “Um ‘feminismo’ que aceita racismo, violência de gênero e lesbofobia não é feminismo”, afirmou. Ela disse que esses grupos se silenciam sobre projetos que afetam meninas e mulheres, mas se mobilizam para atacá-la quando recebe reconhecimento público.

Erika citou ainda ações recentes no Congresso ao rebater a acusação de que teria pouca produção legislativa. “Transformei meu Projeto das Mães Cientistas em lei federal, propus anistia para mulheres condenadas por aborto e garanti vestiários seguros para trabalhadoras”, afirmou. Também mencionou sua atuação contra o PDL da Pedofilia, dizendo que o tema travou no Senado depois de pressão pública que ajudou à mobilizar. Segundo ela, segue empenhada na criminalização da misoginia e em iniciativas voltadas a mulheres chefes de família.

A deputada concluiu que considera legítimo o reconhecimento recebido. “Eu sou uma das mulheres do ano”, disse. Em seguida, afirmou que a oposição pode se limitar a “fazer campanha para Damares” e que continuará defendendo um feminismo que respeite todas as mulheres no país.

Erika Hilton, 32 anos, foi a 1ª mulher trans negra eleita para a Câmara dos Deputados. Outras 7 mulheres também foram homenageadas neste ano.

PRÊMIO MARIE CLAIRE

A Marie Claire pertence ao Grupo Globo, da família Marinho. A revista fez uma postagem para anunciar a premiação em seu perfil no Instagram e teve mais de 10.000 comentários até a noite desta 2ª feira (8.dez). Um deles era da própria congressista, que comentou: “Que honra!” e já registra mais de 210 comentários em resposta.

Na legenda do post, a Marie Claire afirma que a deputada teve iniciativas que “colocam mulheres e pessoas trans no centro das discussões sobre bem-estar” e lembra que Erika recebeu protagonismo defendendo a bandeira do fim da escala 6 X 1. A proposta que discute os efeitos da jornada de 6 dias de trabalho para 1 dia de folga tramita na Comissão de Trabalho da Câmara.

“Em um ano decisivo, Erika Hilton consolida sua atuação pública com iniciativas que ampliam direitos, repensam modelos de trabalho e colocam mulheres e pessoas trans no centro das discussões sobre bem-estar, cidadania, equidade e acesso. Reconhecida como uma das vozes mais influentes de sua geração, a parlamentar ganhou ainda mais destaque em 2025 ao relatar a PEC 8 de 2025, que propõe o fim da escala 6X1. A medida estimulou um amplo debate nacional sobre saúde mental, qualidade de vida e futuro do trabalho, reforçando sua relevância no cenário institucional”, diz legenda da publicação.

Além de Erika Hilton, a Marie Claire homenageou outras mulheres. Entre elas:

  • Taís Araujo – atriz;
  • Débora Bloch – atriz;
  • Juliana Paes – atriz;
  • Day Molina – artista e ativista indígena, com herança dos povos Fulni-ô (PE) e Aymará (Andes);
  • Marisa Monte – cantora e compositora;
  • Marjorie Estiano – atriz e cantora;
  • Ana Maria Gonçalves – escritora e intelectual, autora de “Um defeito de cor”.
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BitcoinEthereumNews2025/12/02 07:27