Começou em março de 2020 um período de instabilidades globais. Naquele mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como pandemia a rápida disseminação da covid-19. Na economia, o mundo viveu uma grande desorganização dos fluxos de comércio, mesmo depois de a OMC ter decretado o fim da emergência para a doença, em maio de 2023. Outros acontecimentos viriam a agitar o panorama internacional, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e o conflito entre Israel e Hamas, deflagrado em outubro de 2023. E não bastasse isso tudo, a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, maior economia do mundo, e a ameaça trazida com os tarifaços às importações americanas completariam um conjunto de fatores ruins para o mundo empresarial. No Brasil, além de tudo, tem pairado um clima de embate entre Executivo, Legislativo e o mundo jurídico. Tudo agitado pelo julgamento e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Daí porque, segundo executivos de algumas das campeãs desta edição, faz todo o sentido o resultado deste ano da pesquisa Época NEGÓCIOS 360º, feita com a parceria técnica da Fundação Dom Cabral. ESG/Governança e Pessoas foram os desafios com maior média de pontuação entre as 450 participantes da pesquisa, com exceção de Desempenho Financeiro. Os resultados da pesquisa refletem um movimento claro de amadurecimento das empresas diante de um cenário global marcado por transformação, inovação e crescente complexidade, segundo Gilson Finkelsztain, presidente da B3. “E as pessoas estão no centro dessa estratégia”, diz. “Ambientes diversos e inclusivos não apenas fortalecem a governança, como também ampliam a visão estratégica e a capacidade de adaptação.” Governança define os processos para orientar, controlar e monitorar a atuação da empresa, como afirma Finkelsztain. Mas as pessoas colocam essas diretrizes em prática e moldam a cultura organizacional. “Temos visto uma evolução contínua nas boas práticas de governança no mercado, e a pesquisa capta esse momento.” Empresas com a proposta de ter uma governança sólida, com as pessoas certas liderando os mais diversos desafios – com um mix de perfis diferentes, heterogêneo –, têm um grande diferencial no longo prazo, em qualquer lugar do mundo, de acordo com Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco. “Independentemente do macro, independentemente de mudanças de direção de um governo ou outro, empresas sólidas são aquelas que conseguem ser resilientes e atravessar as mudanças de forma muito consistente, segura.” No Itaú Unibanco, segundo Maluhy, existe hoje um conselho diverso, com pessoas de características muito diferentes e especialistas em temas específicos. “Isso traz uma complementaridade para os debates”, diz. A própria administração procura cercar-se de pessoas com perfis diferentes, conhecedoras em seus negócios, com potencial para se desenvolver. “Nosso modelo de governança funciona em qualquer lugar, em qualquer geografia”, diz Maluhy. “Nós nos comparamos com as principais corporações do mundo.” Uma organização do tamanho do Itaú Unibanco, maior banco do Brasil por ativos totais, instituição centenária, presente em 18 países, com negócios muito relevantes, não consegue avançar na velocidade e com a gestão de riscos necessárias se não houver uma governança muito clara e definida, segundo o executivo. Há aspectos também ligados à transformação da sociedade. “Vivemos em uma sociedade cada vez mais complexa e digital”, afirma João Paulo Ferreira, presidente da Natura. “A capacidade de se manter fiel a princípios e valores é o que constrói a confiança e garante a longevidade das relações.” Segundo ele, num contexto no qual o ruído e a informação falsa se multiplicam, a coerência e a consistência nos valores se tornam o ativo mais poderoso. “Boa governança e uma atuação guiada por princípios éticos em todas as relações são temas centrais para a competitividade dos negócios no longo prazo.” Governança e Pessoas estão também ligados a um papel relevante ocupado agora pelas companhias, na opinião de Antonio Carlos Sepúlveda, presidente da Santos Brasil. “As empresas passaram a exercer um maior papel na solução dos grandes problemas contemporâneos”, diz ele. “Os Estados, de uma maneira geral, não têm mais espaço fiscal e perderam a capacidade de transformar a vida das pessoas”, afima Rey. As empresas, segundo ele, vêm assumindo esse papel, com programas que promovem melhoria de saúde, educação, descarbonização e inclusão. “Essas ações passam a integrar o DNA das companhias e são fundamentais para a sua sobrevivência no longuíssimo prazo.” Para as empresas ocuparem esse espaço, precisam ter credibilidade, atrair os melhores talentos e se comunicar bem. “Não por outro motivo”, diz Sepúlveda, “as melhores empresas têm cuidado da governança e criado estratégias que combinam geração de valor com a construção de um futuro sustentável e menos desigual”. “Transparência não é só um valor, hoje é uma exigência”, afirma Reynaldo Passanezi Filho, presidente da estatal Cemig. “O mundo passa por mudanças muito grandes. As pessoas têm mais acesso à informação, estão mais atentas, mais críticas, e querem transparência de verdade.” Não basta, segundo ele, ter boa imagem ou discurso bonito, é preciso coerência entre o que se fala e o que se faz. “A sociedade quer enxergar, na prática, onde e como o dinheiro é aplicado, quer saber se há seriedade nas decisões e se os recursos são usados com responsabilidade.” A boa governança, de acordo com ele, virou um ativo estratégico porque é ela que traz estabilidade, previsibilidade e, principalmente, confiança. Na mesma linha, Radamés Casseb, presidente da Aegea, entende que a busca por previsibilidade, segurança jurídica e gestão eficiente tem incentivado o fortalecimento de práticas de governança e o investimento em pessoas como eixo central da competitividade. “A governança deixou de ser apenas obrigação regulatória para se tornar diferencial competitivo.” Estruturas transparentes, processos decisórios consistentes e responsabilidade na alocação de recursos, segundo Casseb, aumentam a confiança de investidores, parceiros e da sociedade – especialmente em setores essenciais, como o saneamento, caso específico da Aegea. Paulo Ramos, presidente no Brasil da Messer, fabricante alemã de gases industriais, medicinais e especiais, tem colocado as questões de governança e pessoas como reflexão para seus diretores. “Quando falamos de governança e segurança jurídica, é importante pensar na perspectiva de quem deseja investir no Brasil”, afirma Ramos. “Imagine o acionista na Alemanha analisando onde aplicar seus recursos: ele observa países nos quais esses pontos são fortes.” Existe ainda, segundo ele, insegurança jurídica e política no Brasil, além de o país viver um ano pré-eleitoral. “O investidor se questiona sobre o que vai acontecer”, diz Ramos. “No entanto, também enxerga pontos positivos: avalia a governança entregue pelo Brasil, no sentido de confiança no retorno do capital. Nesse aspecto, quando olhamos para o nosso ambiente interno, nossa governança – tanto jurídica quanto financeira – é muito sólida.” Outra multinacional, a PepsiCo, tem presença em mais de 200 países e territórios. “Nossa atuação é global, mas nossa essência é única”, afirma Alex Carreteiro, presidente da empresa no Brasil e Cone Sul. “Governança corporativa, compliance e ética não são apenas diretrizes — são pilares fundamentais da nossa cultura”, diz o executivo. “Sustentam a forma como conduzimos nossos negócios, tomamos decisões e nos relacionamos com colaboradores, parceiros e consumidores.” Integridade, segundo ele, começa com o diálogo. “Por isso, mantemos canais de comunicação ativos, acessíveis e confidenciais, que reforçam nosso compromisso com um ambiente ético, respeitoso e transparente.” Em contexto de grandes transformações sociais, climáticas e tecnológicas, segundo Pedro Dinucci, presidente da Usina São Manoel, “a confiança e a legitimidade das empresas passam a ser ativos estratégicos”, afirma. “Investir em governança e em pessoas é fazer o certo, sustentando a perenidade do negócio.” A Usina São Manoel, segundo ele, busca “ser empresa sólida, competitiva e preparada para os desafios apresentados por um setor que se reinventa constantemente e está no centro da nova economia verde”. *Colaboraram: Andrea Martins, Caroline Marino, Lauro Veiga Filho, Rosangela Capozoli e Taís Fuoco 360º 2025 - Top 10 do ranking 360º Época NEGÓCIOS Realidade em 6D A maior pontuação está em desempenho financeiro, resultado das boas práticas. Época NEGÓCIOS Época NEGÓCIOS Inteligência construída com profundidade e escala A partir da pesquisa do anuário, é possível cada empresa se posicionar frente ao mercado e obter benchmarks para a gestão - por Ana Denise Ceolin (Diretora da Integratum Inteligência e Pesquisa de Mercado. Responsável por aplicar, processar a pesquisa e fazer análises) Quase mil empresas diferentes já participaram da pesquisa Época NEGÓCIOS 360º. Em 2012, data da primeira edição, foram 200. Em 2025, chegamos ao recorde de 450. É um forte sinal da relevância e da confiabilidade do anuário como ferramenta estratégica para empresas em busca de decisões tecnicamente embasadas, comparativos sólidos e visão de futuro. Empresas com crescimento consistente têm em comum decisões estratégicas guiadas por inteligência de mercado. O anuário é mais do que uma publicação. É um instrumento de gestão com a amostra do que as melhores empresas do Brasil fazem para acelerar resultados, reduzir custos e fortalecer reputações. Ao participar da pesquisa, a empresa acessa indicadores exclusivos como, além dos financeiros, NPS, clima organizacional, rotatividade e produtividade por colaborador. Esses dados deixam evidente como práticas sustentáveis e ações de ESG estão diretamente ligadas à eficiência operacional e ao crescimento rentável. Ficam disponíveis, ainda, comparativos confiáveis, insights e benchmarks capazes de transformar conhecimento em vantagem competitiva, além de posicionar as participantes entre as líderes de mercado. Para chegar aos números da pesquisa, há uma estrutura robusta e dedicada. Na Integratum, uma equipe especializada atua o ano inteiro em parceria com professores da Fundação Dom Cabral, revisando metodologias, atualizando práticas de gestão, oferecendo suporte às empresas e conduzindo análises estatísticas avançadas. Com 14 edições do anuário 360º, muitas informações foram absorvidas no sentido de compreender cada empresa e o mercado das maiores. O que dizem os balanços Prejuízos como o da petrobras puxaram o resultado geral para baixo. Época NEGÓCIOS Mais Lidas Começou em março de 2020 um período de instabilidades globais. Naquele mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como pandemia a rápida disseminação da covid-19. Na economia, o mundo viveu uma grande desorganização dos fluxos de comércio, mesmo depois de a OMC ter decretado o fim da emergência para a doença, em maio de 2023. Outros acontecimentos viriam a agitar o panorama internacional, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e o conflito entre Israel e Hamas, deflagrado em outubro de 2023. E não bastasse isso tudo, a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, maior economia do mundo, e a ameaça trazida com os tarifaços às importações americanas completariam um conjunto de fatores ruins para o mundo empresarial. No Brasil, além de tudo, tem pairado um clima de embate entre Executivo, Legislativo e o mundo jurídico. Tudo agitado pelo julgamento e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Daí porque, segundo executivos de algumas das campeãs desta edição, faz todo o sentido o resultado deste ano da pesquisa Época NEGÓCIOS 360º, feita com a parceria técnica da Fundação Dom Cabral. ESG/Governança e Pessoas foram os desafios com maior média de pontuação entre as 450 participantes da pesquisa, com exceção de Desempenho Financeiro. Os resultados da pesquisa refletem um movimento claro de amadurecimento das empresas diante de um cenário global marcado por transformação, inovação e crescente complexidade, segundo Gilson Finkelsztain, presidente da B3. “E as pessoas estão no centro dessa estratégia”, diz. “Ambientes diversos e inclusivos não apenas fortalecem a governança, como também ampliam a visão estratégica e a capacidade de adaptação.” Governança define os processos para orientar, controlar e monitorar a atuação da empresa, como afirma Finkelsztain. Mas as pessoas colocam essas diretrizes em prática e moldam a cultura organizacional. “Temos visto uma evolução contínua nas boas práticas de governança no mercado, e a pesquisa capta esse momento.” Empresas com a proposta de ter uma governança sólida, com as pessoas certas liderando os mais diversos desafios – com um mix de perfis diferentes, heterogêneo –, têm um grande diferencial no longo prazo, em qualquer lugar do mundo, de acordo com Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco. “Independentemente do macro, independentemente de mudanças de direção de um governo ou outro, empresas sólidas são aquelas que conseguem ser resilientes e atravessar as mudanças de forma muito consistente, segura.” No Itaú Unibanco, segundo Maluhy, existe hoje um conselho diverso, com pessoas de características muito diferentes e especialistas em temas específicos. “Isso traz uma complementaridade para os debates”, diz. A própria administração procura cercar-se de pessoas com perfis diferentes, conhecedoras em seus negócios, com potencial para se desenvolver. “Nosso modelo de governança funciona em qualquer lugar, em qualquer geografia”, diz Maluhy. “Nós nos comparamos com as principais corporações do mundo.” Uma organização do tamanho do Itaú Unibanco, maior banco do Brasil por ativos totais, instituição centenária, presente em 18 países, com negócios muito relevantes, não consegue avançar na velocidade e com a gestão de riscos necessárias se não houver uma governança muito clara e definida, segundo o executivo. Há aspectos também ligados à transformação da sociedade. “Vivemos em uma sociedade cada vez mais complexa e digital”, afirma João Paulo Ferreira, presidente da Natura. “A capacidade de se manter fiel a princípios e valores é o que constrói a confiança e garante a longevidade das relações.” Segundo ele, num contexto no qual o ruído e a informação falsa se multiplicam, a coerência e a consistência nos valores se tornam o ativo mais poderoso. “Boa governança e uma atuação guiada por princípios éticos em todas as relações são temas centrais para a competitividade dos negócios no longo prazo.” Governança e Pessoas estão também ligados a um papel relevante ocupado agora pelas companhias, na opinião de Antonio Carlos Sepúlveda, presidente da Santos Brasil. “As empresas passaram a exercer um maior papel na solução dos grandes problemas contemporâneos”, diz ele. “Os Estados, de uma maneira geral, não têm mais espaço fiscal e perderam a capacidade de transformar a vida das pessoas”, afima Rey. As empresas, segundo ele, vêm assumindo esse papel, com programas que promovem melhoria de saúde, educação, descarbonização e inclusão. “Essas ações passam a integrar o DNA das companhias e são fundamentais para a sua sobrevivência no longuíssimo prazo.” Para as empresas ocuparem esse espaço, precisam ter credibilidade, atrair os melhores talentos e se comunicar bem. “Não por outro motivo”, diz Sepúlveda, “as melhores empresas têm cuidado da governança e criado estratégias que combinam geração de valor com a construção de um futuro sustentável e menos desigual”. “Transparência não é só um valor, hoje é uma exigência”, afirma Reynaldo Passanezi Filho, presidente da estatal Cemig. “O mundo passa por mudanças muito grandes. As pessoas têm mais acesso à informação, estão mais atentas, mais críticas, e querem transparência de verdade.” Não basta, segundo ele, ter boa imagem ou discurso bonito, é preciso coerência entre o que se fala e o que se faz. “A sociedade quer enxergar, na prática, onde e como o dinheiro é aplicado, quer saber se há seriedade nas decisões e se os recursos são usados com responsabilidade.” A boa governança, de acordo com ele, virou um ativo estratégico porque é ela que traz estabilidade, previsibilidade e, principalmente, confiança. Na mesma linha, Radamés Casseb, presidente da Aegea, entende que a busca por previsibilidade, segurança jurídica e gestão eficiente tem incentivado o fortalecimento de práticas de governança e o investimento em pessoas como eixo central da competitividade. “A governança deixou de ser apenas obrigação regulatória para se tornar diferencial competitivo.” Estruturas transparentes, processos decisórios consistentes e responsabilidade na alocação de recursos, segundo Casseb, aumentam a confiança de investidores, parceiros e da sociedade – especialmente em setores essenciais, como o saneamento, caso específico da Aegea. Paulo Ramos, presidente no Brasil da Messer, fabricante alemã de gases industriais, medicinais e especiais, tem colocado as questões de governança e pessoas como reflexão para seus diretores. “Quando falamos de governança e segurança jurídica, é importante pensar na perspectiva de quem deseja investir no Brasil”, afirma Ramos. “Imagine o acionista na Alemanha analisando onde aplicar seus recursos: ele observa países nos quais esses pontos são fortes.” Existe ainda, segundo ele, insegurança jurídica e política no Brasil, além de o país viver um ano pré-eleitoral. “O investidor se questiona sobre o que vai acontecer”, diz Ramos. “No entanto, também enxerga pontos positivos: avalia a governança entregue pelo Brasil, no sentido de confiança no retorno do capital. Nesse aspecto, quando olhamos para o nosso ambiente interno, nossa governança – tanto jurídica quanto financeira – é muito sólida.” Outra multinacional, a PepsiCo, tem presença em mais de 200 países e territórios. “Nossa atuação é global, mas nossa essência é única”, afirma Alex Carreteiro, presidente da empresa no Brasil e Cone Sul. “Governança corporativa, compliance e ética não são apenas diretrizes — são pilares fundamentais da nossa cultura”, diz o executivo. “Sustentam a forma como conduzimos nossos negócios, tomamos decisões e nos relacionamos com colaboradores, parceiros e consumidores.” Integridade, segundo ele, começa com o diálogo. “Por isso, mantemos canais de comunicação ativos, acessíveis e confidenciais, que reforçam nosso compromisso com um ambiente ético, respeitoso e transparente.” Em contexto de grandes transformações sociais, climáticas e tecnológicas, segundo Pedro Dinucci, presidente da Usina São Manoel, “a confiança e a legitimidade das empresas passam a ser ativos estratégicos”, afirma. “Investir em governança e em pessoas é fazer o certo, sustentando a perenidade do negócio.” A Usina São Manoel, segundo ele, busca “ser empresa sólida, competitiva e preparada para os desafios apresentados por um setor que se reinventa constantemente e está no centro da nova economia verde”. *Colaboraram: Andrea Martins, Caroline Marino, Lauro Veiga Filho, Rosangela Capozoli e Taís Fuoco 360º 2025 - Top 10 do ranking 360º Época NEGÓCIOS Realidade em 6D A maior pontuação está em desempenho financeiro, resultado das boas práticas. Época NEGÓCIOS Época NEGÓCIOS Inteligência construída com profundidade e escala A partir da pesquisa do anuário, é possível cada empresa se posicionar frente ao mercado e obter benchmarks para a gestão - por Ana Denise Ceolin (Diretora da Integratum Inteligência e Pesquisa de Mercado. Responsável por aplicar, processar a pesquisa e fazer análises) Quase mil empresas diferentes já participaram da pesquisa Época NEGÓCIOS 360º. Em 2012, data da primeira edição, foram 200. Em 2025, chegamos ao recorde de 450. É um forte sinal da relevância e da confiabilidade do anuário como ferramenta estratégica para empresas em busca de decisões tecnicamente embasadas, comparativos sólidos e visão de futuro. Empresas com crescimento consistente têm em comum decisões estratégicas guiadas por inteligência de mercado. O anuário é mais do que uma publicação. É um instrumento de gestão com a amostra do que as melhores empresas do Brasil fazem para acelerar resultados, reduzir custos e fortalecer reputações. Ao participar da pesquisa, a empresa acessa indicadores exclusivos como, além dos financeiros, NPS, clima organizacional, rotatividade e produtividade por colaborador. Esses dados deixam evidente como práticas sustentáveis e ações de ESG estão diretamente ligadas à eficiência operacional e ao crescimento rentável. Ficam disponíveis, ainda, comparativos confiáveis, insights e benchmarks capazes de transformar conhecimento em vantagem competitiva, além de posicionar as participantes entre as líderes de mercado. Para chegar aos números da pesquisa, há uma estrutura robusta e dedicada. Na Integratum, uma equipe especializada atua o ano inteiro em parceria com professores da Fundação Dom Cabral, revisando metodologias, atualizando práticas de gestão, oferecendo suporte às empresas e conduzindo análises estatísticas avançadas. Com 14 edições do anuário 360º, muitas informações foram absorvidas no sentido de compreender cada empresa e o mercado das maiores. O que dizem os balanços Prejuízos como o da petrobras puxaram o resultado geral para baixo. Época NEGÓCIOS Mais Lidas
Começou em março de 2020 um período de instabilidades globais. Naquele mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como pandemia a rápida disseminação da covid-19. Na economia, o mundo viveu uma grande desorganização dos fluxos de comércio, mesmo depois de a OMC ter decretado o fim da emergência para a doença, em maio de 2023.
Outros acontecimentos viriam a agitar o panorama internacional, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e o conflito entre Israel e Hamas, deflagrado em outubro de 2023. E não bastasse isso tudo, a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, maior economia do mundo, e a ameaça trazida com os tarifaços às importações americanas completariam um conjunto de fatores ruins para o mundo empresarial.
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No Brasil, além de tudo, tem pairado um clima de embate entre Executivo, Legislativo e o mundo jurídico. Tudo agitado pelo julgamento e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Daí porque, segundo executivos de algumas das campeãs desta edição, faz todo o sentido o resultado deste ano da pesquisa Época NEGÓCIOS 360º, feita com a parceria técnica da Fundação Dom Cabral. ESG/Governança e Pessoas foram os desafios com maior média de pontuação entre as 450 participantes da pesquisa, com exceção de Desempenho Financeiro.
Os resultados da pesquisa refletem um movimento claro de amadurecimento das empresas diante de um cenário global marcado por transformação, inovação e crescente complexidade, segundo Gilson Finkelsztain, presidente da B3. “E as pessoas estão no centro dessa estratégia”, diz.
“Ambientes diversos e inclusivos não apenas fortalecem a governança, como também ampliam a visão estratégica e a capacidade de adaptação.”
Governança define os processos para orientar, controlar e monitorar a atuação da empresa, como afirma Finkelsztain. Mas as pessoas colocam essas diretrizes em prática e moldam a cultura organizacional.
“Temos visto uma evolução contínua nas boas práticas de governança no mercado, e a pesquisa capta esse momento.”
Empresas com a proposta de ter uma governança sólida, com as pessoas certas liderando os mais diversos desafios – com um mix de perfis diferentes, heterogêneo –, têm um grande diferencial no longo prazo, em qualquer lugar do mundo, de acordo com Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco. “Independentemente do macro, independentemente de mudanças de direção de um governo ou outro, empresas sólidas são aquelas que conseguem ser resilientes e atravessar as mudanças de forma muito consistente, segura.”
No Itaú Unibanco, segundo Maluhy, existe hoje um conselho diverso, com pessoas de características muito diferentes e especialistas em temas específicos. “Isso traz uma complementaridade para os debates”, diz. A própria administração procura cercar-se de pessoas com perfis diferentes, conhecedoras em seus negócios, com potencial para se desenvolver.
“Nosso modelo de governança funciona em qualquer lugar, em qualquer geografia”, diz Maluhy. “Nós nos comparamos com as principais corporações do mundo.” Uma organização do tamanho do Itaú Unibanco, maior banco do Brasil por ativos totais, instituição centenária, presente em 18 países, com negócios muito relevantes, não consegue avançar na velocidade e com a gestão de riscos necessárias se não houver uma governança muito clara e definida, segundo o executivo.
Há aspectos também ligados à transformação da sociedade. “Vivemos em uma sociedade cada vez mais complexa e digital”, afirma João Paulo Ferreira, presidente da Natura.
“A capacidade de se manter fiel a princípios e valores é o que constrói a confiança e garante a longevidade das relações.” Segundo ele, num contexto no qual o ruído e a informação falsa se multiplicam, a coerência e a consistência nos valores se tornam o ativo mais poderoso. “Boa governança e uma atuação guiada por princípios éticos em todas as relações são temas centrais para a competitividade dos negócios no longo prazo.”
Governança e Pessoas estão também ligados a um papel relevante ocupado agora pelas companhias, na opinião de Antonio Carlos Sepúlveda, presidente da Santos Brasil. “As empresas passaram a exercer um maior papel na solução dos grandes problemas contemporâneos”, diz ele.
“Os Estados, de uma maneira geral, não têm mais espaço fiscal e perderam a capacidade de transformar a vida das pessoas”, afima Rey. As empresas, segundo ele, vêm assumindo esse papel, com programas que promovem melhoria de saúde, educação, descarbonização e inclusão. “Essas ações passam a integrar o DNA das companhias e são fundamentais para a sua sobrevivência no longuíssimo prazo.”
Para as empresas ocuparem esse espaço, precisam ter credibilidade, atrair os melhores talentos e se comunicar bem. “Não por outro motivo”, diz Sepúlveda, “as melhores empresas têm cuidado da governança e criado estratégias que combinam geração de valor com a construção de um futuro sustentável e menos desigual”.
“Transparência não é só um valor, hoje é uma exigência”, afirma Reynaldo Passanezi Filho, presidente da estatal Cemig. “O mundo passa por mudanças muito grandes. As pessoas têm mais acesso à informação, estão mais atentas, mais críticas, e querem transparência de verdade.”
Não basta, segundo ele, ter boa imagem ou discurso bonito, é preciso coerência entre o que se fala e o que se faz. “A sociedade quer enxergar, na prática, onde e como o dinheiro é aplicado, quer saber se há seriedade nas decisões e se os recursos são usados com responsabilidade.” A boa governança, de acordo com ele, virou um ativo estratégico porque é ela que traz estabilidade, previsibilidade e, principalmente, confiança.
Na mesma linha, Radamés Casseb, presidente da Aegea, entende que a busca por previsibilidade, segurança jurídica e gestão eficiente tem incentivado o fortalecimento de práticas de governança e o investimento em pessoas como eixo central da competitividade. “A governança deixou de ser apenas obrigação regulatória para se tornar diferencial competitivo.”
Estruturas transparentes, processos decisórios consistentes e responsabilidade na alocação de recursos, segundo Casseb, aumentam a confiança de investidores, parceiros e da sociedade – especialmente em setores essenciais, como o saneamento, caso específico da Aegea.
Paulo Ramos, presidente no Brasil da Messer, fabricante alemã de gases industriais, medicinais e especiais, tem colocado as questões de governança e pessoas como reflexão para seus diretores. “Quando falamos de governança e segurança jurídica, é importante pensar na perspectiva de quem deseja investir no Brasil”, afirma Ramos. “Imagine o acionista na Alemanha analisando onde aplicar seus recursos: ele observa países nos quais esses pontos são fortes.”
Existe ainda, segundo ele, insegurança jurídica e política no Brasil, além de o país viver um ano pré-eleitoral. “O investidor se questiona sobre o que vai acontecer”, diz Ramos. “No entanto, também enxerga pontos positivos: avalia a governança entregue pelo Brasil, no sentido de confiança no retorno do capital. Nesse aspecto, quando olhamos para o nosso ambiente interno, nossa governança – tanto jurídica quanto financeira – é muito sólida.”
Outra multinacional, a PepsiCo, tem presença em mais de 200 países e territórios. “Nossa atuação é global, mas nossa essência é única”, afirma Alex Carreteiro, presidente da empresa no Brasil e Cone Sul.
“Governança corporativa, compliance e ética não são apenas diretrizes — são pilares fundamentais da nossa cultura”, diz o executivo. “Sustentam a forma como conduzimos nossos negócios, tomamos decisões e nos relacionamos com colaboradores, parceiros e consumidores.” Integridade, segundo ele, começa com o diálogo. “Por isso, mantemos canais de comunicação ativos, acessíveis e confidenciais, que reforçam nosso compromisso com um ambiente ético, respeitoso e transparente.”
Em contexto de grandes transformações sociais, climáticas e tecnológicas, segundo Pedro Dinucci, presidente da Usina São Manoel, “a confiança e a legitimidade das empresas passam a ser ativos estratégicos”, afirma. “Investir em governança e em pessoas é fazer o certo, sustentando a perenidade do negócio.” A Usina São Manoel, segundo ele, busca “ser empresa sólida, competitiva e preparada para os desafios apresentados por um setor que se reinventa constantemente e está no centro da nova economia verde”.
*Colaboraram: Andrea Martins, Caroline Marino, Lauro Veiga Filho, Rosangela Capozoli e Taís Fuoco

360º 2025 - Top 10 do ranking 360º — Foto: Época NEGÓCIOS
A maior pontuação está em desempenho financeiro, resultado das boas práticas.

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Inteligência construída com profundidade e escala
A partir da pesquisa do anuário, é possível cada empresa se posicionar frente ao mercado e obter benchmarks para a gestão - por Ana Denise Ceolin (Diretora da Integratum Inteligência e Pesquisa de Mercado. Responsável por aplicar, processar a pesquisa e fazer análises)
Quase mil empresas diferentes já participaram da pesquisa Época NEGÓCIOS 360º. Em 2012, data da primeira edição, foram 200. Em 2025, chegamos ao recorde de 450. É um forte sinal da relevância e da confiabilidade do anuário como ferramenta estratégica para empresas em busca de decisões tecnicamente embasadas, comparativos sólidos e visão de futuro.
Empresas com crescimento consistente têm em comum decisões estratégicas guiadas por inteligência de mercado. O anuário é mais do que uma publicação. É um instrumento de gestão com a amostra do que as melhores empresas do Brasil fazem para acelerar resultados, reduzir custos e fortalecer reputações.
Ao participar da pesquisa, a empresa acessa indicadores exclusivos como, além dos financeiros, NPS, clima organizacional, rotatividade e produtividade por colaborador. Esses dados deixam evidente como práticas sustentáveis e ações de ESG estão diretamente ligadas à eficiência operacional e ao crescimento rentável. Ficam disponíveis, ainda, comparativos confiáveis, insights e benchmarks capazes de transformar conhecimento em vantagem competitiva, além de posicionar as participantes entre as líderes de mercado.
Para chegar aos números da pesquisa, há uma estrutura robusta e dedicada. Na Integratum, uma equipe especializada atua o ano inteiro em parceria com professores da Fundação Dom Cabral, revisando metodologias, atualizando práticas de gestão, oferecendo suporte às empresas e conduzindo análises estatísticas avançadas. Com 14 edições do anuário 360º, muitas informações foram absorvidas no sentido de compreender cada empresa e o mercado das maiores.
Prejuízos como o da petrobras puxaram o resultado geral para baixo.

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Setor privado já é protagonista no combate às mudanças climáticas, diz Ana Toni no Época NEGÓCIOS 360ºIsenção de responsabilidade: Os artigos republicados neste site são provenientes de plataformas públicas e são fornecidos apenas para fins informativos. Eles não refletem necessariamente a opinião da MEXC. Todos os direitos permanecem com os autores originais. Se você acredita que algum conteúdo infringe direitos de terceiros, entre em contato pelo e-mail service@support.mexc.com para solicitar a remoção. A MEXC não oferece garantias quanto à precisão, integridade ou atualidade das informações e não se responsabiliza por quaisquer ações tomadas com base no conteúdo fornecido. O conteúdo não constitui aconselhamento financeiro, jurídico ou profissional, nem deve ser considerado uma recomendação ou endosso por parte da MEXC.
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Epocanefocios2025/12/09 11:00 
360°: Natura tem a sustentabilidade como eixo do negócio
360° 2025 Mais um passo importante da agenda socioambiental foi festejado pela Natura em 2024. As emissões diretas e indiretas tiveram redução de 43%, com base em 2020, e anteciparam, assim, a meta de 42% fixada para 2030. Agora, o plano é alcançar o net zero nas instalações próprias até 2030, como diz o Plano de Transição Climática, de 2024. Foi preciso investir em inovação, eficiência operacional e soluções circulares em embalagens e logística. Melhor em ESG/Socioambiental entre as 450 participantes da pesquisa Época NEGÓCIOS 360º, a Natura é, também, campeã em Indústria Farmacêutica e Cosméticos. Na dimensão social, iniciativas de capacitação, digitalização e inclusão financeira elevaram o Índice de Desenvolvimento Humano das Consultoras de Beleza (método usado para avaliar a qualidade de vida das revendedoras em três pilares: saúde, conhecimento e trabalho) ao maior patamar já registrado. A companhia também implementou o salário digno (definido pela Global Living Wage Coalition como a remuneração suficiente para proporcionar um padrão de vida decente ao trabalhador e sua família) para todos os funcionários da América Latina. Promoveu ainda a equidade salarial. “Integrar o socioambiental ao negócio é fazer com que a regeneração deixe de ser projeto paralelo e passe a orientar decisões”, diz Ana Costa, vice-presidente de Reputação, Sustentabilidade, Jurídico e Corporate Affairs. Regenerar significa não só sustentabilidade, mas reparar o que foi degradado. Segundo Ana, a lógica permeia todos os movimentos – da criação de produtos à governança financeira –, para gerar simultaneamente valor econômico e impacto positivo. “Quando a regeneração passa a fazer parte da gestão, deixa de ser custo e se transforma em vetor de competitividade e prosperidade de longo prazo”, afirma. Para isso, a companhia se apoia em três frentes complementares. A governança estabelece metas mensuráveis e mecanismos coerentes entre propósito e resultados. Em liderança e cultura, a empresa investe na formação de gestores preparados para tomar decisões com empatia, escuta ativa e foco em impacto positivo. Já a gestão integrada incorpora critérios socioambientais ao planejamento estratégico. Os resultados aparecem em iniciativas que unem tecnologia, ciência e colaboração. A organização adota o conceito de inovação regenerativa para repensar processos e criar soluções que devolvam valor à sociedade. Em 2024, por exemplo, foi criada a Aliança Regenerativa, com o objetivo de acelerar a adoção de práticas regenerativas entre 120 fornecedores. Parcerias têm sido decisivas Em colaboração com a Nespresso, a empresa lançou as bisnagas Natura Ekos Castanha com 100% de alumínio reciclado, 10% provenientes de cápsulas de café. Projeto desenvolvido com a Bioverse e comunidades da Amazônia resultou no maior inventário florestal já realizado no país com uso de drones e inteligência artificial. Em seis meses, foram mapeados 60 mil hectares de floresta no Pará. Se fosse feito pelos métodos tradicionais, o inventário levaria mais de duas décadas. Mais Lidas
Epocanefocios2025/12/09 11:00 Ruben Nepales da Rappler ganha Prémios Nacionais de Jornalismo de Artes e Entretenimento
'Estou orgulhoso e honrado por representar as Filipinas num concurso de jornalismo dominado pelos principais meios de comunicação americanos', afirma Nepales