A Horizen completou sua transição histórica de blockchain própria para uma Layer 3 dentro da Base.
O projeto, criado em 2017, relança seu ecossistema com foco em privacidade compatível com regras globais e, além disso, busca uma nova fase de expansão.
A mudança representa o maior movimento de governança da história da Horizen. A DAO decidiu aposentar o antigo blockchain e a sidechain EON, e, por isso, o projeto se reconstrói como uma camada de execução acima da Base. Além disso, essa virada estratégica reforça a tentativa de recuperar tração após anos de desafios.
Segundo Rob Viglione, CEO da Horizen Labs, o processo devolveu energia à comunidade.
O time relançou o token ZEN no verão e preparou a nova infraestrutura ao longo de meses. Por isso, a rede agora mira desenvolvedores que precisam de privacidade com conformidade. A Horizen Labs também planeja um programa de 100 milhões de ZEN para financiar apps de finanças confidenciais, SocialFi e até GambleFi, ampliando o alcance do ecossistema.
Além do aspecto técnico, a escolha da Base também foi estratégica. A DAO enxergou alinhamento com a visão de Brian Armstrong e Jesse Pollak sobre o futuro da privacidade, o que reforçou a decisão de migrar.
A Horizen agora adota o modelo de selective disclosure, que permite privacidade opt-in sem eliminar mecanismos de auditoria. Entretanto, a proposta mantém compatibilidade com exigências regulatórias.
Viglione defendeu a estratégia:
Embora o projeto tenha retirado transações blindadas em 2023 após forte pressão regulatória, ele afirma que a nova fase não abandona a inovação.
No próximo trimestre, lançará o Confidential Compute Environment, baseado em TEEs. Assim, a rede pretende ampliar seu leque de funcionalidades.
O recurso permitirá desde pagamentos privados até módulos específicos por jurisdição. Portanto, desenvolvedores poderão revelar ou ocultar dados conforme as regras locais, algo que pode atrair novas aplicações corporativas e financeiras.
A Horizen quer se tornar o “hub de privacidade” para o ecossistema Base. Dessa forma, qualquer app poderia ativar um botão de privacidade e rotear suas transações pela Layer 3.
Além disso, a equipe, com cerca de 70 colaboradores, agora foca apenas na camada de execução e no middleware, delegando ferramentas básicas a parceiros do setor.
A migração também reduz a dependência de capital de risco. Com apenas US$ 11 milhões captados em quase dez anos e ampla distribuição via mineração, o projeto segue menos exposto à influência de grandes fundos. Isso, portanto, reforça sua narrativa de descentralização.
A transformação da Horizen em uma Layer 3 da Base marca uma rara vitória de governança e reposiciona um projeto veterano em um mercado que volta a valorizar a privacidade.
Além disso, com novos recursos, forte alinhamento estratégico e um programa robusto de financiamento, a rede tenta assumir o protagonismo em soluções de privacidade regulatória no ecossistema Ethereum.
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