A Câmara dos Representantes convocou os CEOs do GTBank, Zenith Bank e Access Bank para comparecerem perante o seu painel de investigação após alegações de deduções não autorizadas das contas dos clientes. O comitê, presidido por Kelechi Nwogu, está a investigar as taxas aplicadas a funcionários públicos e outros titulares de contas.
Falando durante a sessão de terça-feira em Abuja, Nwogu enfatizou que os CEOs dos bancos devem comparecer pessoalmente.
"Não se pode comparecer aqui sem uma identidade. Não estamos aqui por conta própria. Estamos aqui por mandato das pessoas que nos elegeram para o parlamento", disse ele.
House of Reps
O painel deu aos bancos um ultimato de quatro dias para apresentar todos os documentos necessários antes da próxima reunião agendada para quarta-feira. Nwogu advertiu que qualquer banco que não cumprir corre o risco de enfrentar sanções. "Vamos revisar todos os documentos e vamos colocá-los sob juramento", acrescentou.
A insistência do comitê na comparência pessoal dos CEOs sublinha o seu compromisso com a transparência e prestação de contas nos mais altos níveis do setor bancário da Nigéria. Além dos bancos, a investigação também envolve o Ministério das Finanças, o Gabinete do Contador Geral e a EFCC, responsável por rastrear deduções e garantir a conformidade.
"Os bancos comerciais estão a perpetrar ilegalidades ao deduzir taxas inexplicáveis das contas de funcionários públicos e outros clientes sem remessas", disse Nwogu.
Ao exigir que os altos executivos respondam diretamente, a Câmara pretende estabelecer uma responsabilidade clara pelas taxas e evitar evasões através de representantes.
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O prazo de quatro dias vem com consequências específicas. Não apresentar os documentos solicitados ou não comparecer perante o painel pode levar a sanções, aumentando a pressão sobre os bancos para cumprirem total e prontamente.
Para os clientes, a investigação oferece uma oportunidade de entender por que certas deduções ocorreram e se eram legais. Para os bancos, é um momento crucial para demonstrar conformidade, reconstruir a confiança e evitar penalidades.
"O painel não está deixando pedra sobre pedra para desvendar por que os bancos comerciais se envolveram em deduções espúrias das contas de seus clientes", concluiu Nwogu, sinalizando uma abordagem sem rodeios para a investigação.


