O Ibovespa voltou a subir nesta quinta-feira (18), após duas sessões consecutivas de queda, em um pregão marcado pela combinação entre alívio vindo do exterior,O Ibovespa voltou a subir nesta quinta-feira (18), após duas sessões consecutivas de queda, em um pregão marcado pela combinação entre alívio vindo do exterior,

Ibovespa sobe com Wall Street no radar e impulso de Brava (BRAV3) e Suzano (SUZB3)

2025/12/19 05:55

Ibovespa sobe com Wall Street no radar e impulso de Brava (BRAV3) e Suzano (SUZB3)

Ibovespa voltou a subir nesta quinta-feira (18), após duas sessões consecutivas de queda, em um pregão marcado pela combinação entre alívio vindo do exterior, volatilidade política doméstica e atenção às sinalizações do Banco Central. O índice encontrou apoio no avanço de Wall Street e teve como destaques positivos as ações de Brava Energia (BRAV3) e Suzano (SUZB3).

Ao fim das negociações, o principal índice da B3 avançou 0,38%, aos 157.923,34 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 157.123,58 e a máxima de 158.495,49 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,3 bilhões, abaixo da média recente, refletindo postura mais cautelosa dos investidores.

Cenário político e Selic voltam ao centro do pregão

O movimento positivo perdeu fôlego ao longo da tarde, à medida que o mercado passou a reprecificar o cenário eleitoral de 2026 e as incertezas sobre a trajetória da Selic. Para Nicolas Gass, estrategista de investimentos e sócio da GT Capital, a leitura predominante foi de que o fator político voltou a ser o principal vetor de volatilidade dos ativos, diante da sensibilidade do mercado a qualquer sinalização sobre a disputa presidencial.

Nesse contexto, declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ajudaram a reduzir apostas mais firmes de cortes de juros no curto prazo. Ao afirmar que não há decisões tomadas para as próximas reuniões do Copom e que as projeções carregam elevado grau de incerteza, o BC manteve a curva de juros pressionada, especialmente nos vencimentos intermediários.

Wall Street reage a inflação mais fraca nos EUA

No exterior, o ambiente foi mais construtivo. Dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos vieram abaixo do esperado, reforçando o processo de desinflação e sustentando apostas de continuidade do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve. O movimento impulsionou Wall Street e melhorou o humor global, beneficiando ativos de risco em mercados emergentes.

Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o CPI mais fraco manteve vivas as expectativas de novos cortes de juros já nas próximas reuniões do Fed, o que favoreceu as bolsas americanas e levou à queda dos yields dos Treasuries ao longo do dia.

Dólar e juros refletem equilíbrio entre exterior e risco local

No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou praticamente estável, cotado a R$ 5,52, refletindo o equilíbrio entre o alívio externo e a cautela com o cenário político doméstico. Na avaliação de Shahini, apesar do suporte vindo do exterior, o fluxo de saída de capital segue limitando uma apreciação mais consistente do real.

Já a curva de juros futuros apresentou alta moderada, com comportamento misto entre os vértices, em um pregão marcado por ajustes técnicos e reprecificação do risco eleitoral.

Brava e Suzano lideram ganhos do Ibovespa

Entre as ações do Ibovespa, a Brava Energia (BRAV3) liderou os ganhos do dia, engatando a quinta alta consecutiva. O papel foi impulsionado pela sinalização de um plano robusto de investimentos para 2026, estimado em cerca de US$ 550 milhões, voltado à expansão e à manutenção de ativos, além da expectativa de anúncio de dividendos.

Suzano (SUZB3) também figurou entre as principais contribuições positivas ao índice, apoiada pela inauguração de uma nova linha de produção de celulose, fator que reforçou o diferencial competitivo da companhia e sustentou o desempenho das ações ao longo do pregão.

Na ponta negativa, papéis mais sensíveis à alta dos juros futuros, especialmente do setor de varejo, tiveram desempenho mais fraco. Para Nicolas Gass, esse movimento reflete a relação inversa entre juros elevados e ativos domésticos, em um ambiente em que o risco eleitoral continua limitando movimentos mais amplos de alta do Ibovespa.

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