O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta 6ª feira (19.dez.2025) a redução de juros do Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), programa para estimular a renovação da frota de caminhões no Brasil. As taxas caem de 22% para 13% e 14%.
“A medida busca destravar as vendas do setor e preservar empregos na indústria e no comércio, além de melhorar segurança viária e reduzir impactos ambientais”, disse o vice-presidente a jornalistas. A medida entrou em vigor nesta 6ª feira (19.dez).
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“Já está valendo juros de 13% a 14% para troca, substituição. E também vamos financiar o seminovo. Quem tem um caminhão com 15 anos de uso, é difícil ele ir direto para o zero quilômetro. Então, quem tem um caminhão de 11 anos, compra um usado de 5. E o de 5 vai para o novo”, disse.
A aprovação de um projeto de lei do Congresso Nacional, nesta 6ª feira (19.dez), tornou lei a medida provisória 1.328 de 2025, que destina R$ 6 bilhões para o programa, volume que pode chegar a R$ 10 bilhões com recursos adicionais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), segundo Alckmin.
O programa atende caminhoneiros autônomos, motoristas independentes e frotistas, e vale tanto para veículos novos quanto seminovos. A política inclui carência de 6 meses e prazo alongado para pagamento, o que reduz o custo mensal do financiamento e amplia o acesso ao crédito. A lógica é estimular uma “escada” de renovação: caminhões mais antigos saem de circulação, os seminovos ganham mercado e os novos têm maior demanda.
Para o governo, a renovação da frota tem efeito econômico e social direto. Caminhões com mais de 20 anos de uso concentram maior índice de poluição e apresentam riscos maiores de acidentes. Alckmin destacou que as causas externas figuram entre as principais razões de mortalidade no país, o que dá peso à agenda de segurança nas rodovias como política pública.
Veículos movidos a eletricidade, biogás ou biometano poderão acessar, além do Finame, recursos do Fundo Clima, com juros ainda menores. A estratégia reforça o uso do crédito como instrumento de política industrial e ambiental, em linha com os compromissos de descarbonização do setor de transportes.
Alckmin citou o desempenho do programa do carro sustentável, que zerou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos de entrada fabricados no Brasil, com limite de emissões e alto índice de reciclabilidade. Desde julho deste ano, as vendas desses modelos cresceram 51% na comparação com o mesmo período do ano anterior, resultado que o governo atribui à combinação de incentivo tributário, desconto das montadoras e neutralidade fiscal.
Segundo o vice-presidente, o incentivo ao crédito e à produção se soma ao programa Mover, que destinou R$ 3,8 bilhões em 2025 e prevê R$ 3,9 bilhões em 2026 para inovação, eficiência energética e segurança automotiva. O conjunto de políticas já mobilizou cerca de R$ 190 bilhões em investimentos na indústria automotiva, sendo R$ 140 bilhões concentrados na cadeia produtiva nacional.



Lista foi feita por especialistas do The Wall Street Journal Pexels Basta uma grande viagem em grupo para perceber que nem todos saem de férias pelo mesmo