A paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo chegou ao fim na noite de 3ª feira (9.dez.2025), depois de 1 dia de interrupção do serviço. A greve começou por causa do não pagamento das duas parcelas restantes do 13º salário e do VR (vale-refeição) nas férias. A medida foi adotada depois de as empresas solicitarem na 2ª feira (8.dez) novo adiamento para quitar os valores, sem apresentar data para cumprir as obrigações.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) convocou uma reunião de emergência com empresários e dirigentes do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) para tentar restabelecer o transporte na cidade. O encontro teve o objetivo de garantir que o serviço fosse retomado nesta 4ª feira (10.dez). A prefeitura disse que os repasses às concessionárias “estão em dia” e que o pagamento do 13º salário é responsabilidade “exclusiva” das empresas.
Em comunicado assinado por Valdemir dos Santos Soares, presidente do SindMotoristas, o sindicato declarou que, na reunião emergencial, “ficou acertado que as empresas de ônibus terão que providenciar o pagamento do VR nas férias relativo aos meses de setembro, outubro e novembro, bem como o 13º salário dos trabalhadores, até o dia 12 de dezembro”.
Conforme o texto, a decisão foi tomada diante de representantes do setor patronal e do Executivo municipal. Em caso de descumprimento, “a prefeitura avaliará eventual possibilidade de descredenciamento (caducidade) das empresas participantes”.
Na nota, a entidade declarou que, por ora, as partes chegaram a um acordo e “o sindicato encerra a paralisação”, que teve “adesão de quase 100% da categoria”. O SindMotoristas afirmou que “os ônibus voltarão a circular normalmente sem transtornos aos usuários”.
Ricardo Nunes disse ter conduzido uma conversa “clara e transparente” com o setor e afirmou que haverá consequência imediata caso o acordo seja descumprido. Em entrevista a jornalistas depois do encontro, declarou que “se alguma empresa não honrar com o compromisso” a prefeitura irá, em 13 de dezembro, “notificar para iniciar o processo de caducidade”.
A cidade registrou 1.460 km de congestionamentos às 19h de 3ª feira (9.dez), o maior índice de 2025. A chuva e a paralisação levaram a prefeitura a suspender o rodízio de veículos, provocando atrasos e longas filas nas principais vias. Segundo a administração municipal, o serviço “passa a ser restabelecido a partir desse exato momento”.



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